A chegada da cerejeira-do japão ao Brasil está diretamente ligada às suas tradições orientais. É que ela foi plantada pela primeira vezno País em 1954 para a inauguração do Pavilhão Japonês do Parque do Ibirapuera. Desde então, a colônia e os admiradores realizam, todos os anos, a festa da florada. Pelo Brasil afora tambem há outras comemorações nesta época. E não é para menos. A visão da florada comove.
A cerejeira-do-japão se adaptou tão bem ao Brasil que existem associações que incentivam o cultivo da espécie e protegem a cultura japonesa, já que ela é considerada a árvore-símbolo do Japão, onde é chamada de sakurá. A curiosidade é que, apesar de mundialmente cultuada, a espécie não é nativa do Japão. Na realidade, foi introduzida naquele país há séculos pelos chineses.
Além de ser uma bela árvore para pequenos jardins, a Prunus serrulata pode ser usada para fazer ikebana (arranjos florais típicos do Oriente), bonsai ou simplesmente para enfeitar ambientes internos, bem iluminados, em vasos grandes. Nesse caso atinge tamanhos menores, mas não deixa de ser bela. E elas podem ser rosadas ou brancas, dependendo da variedade. Seus galhos também são muito ornamentais e suas flores podem ser colhidas e colocadas em vasos, enquanto sua curta vida permitir.
Como gosta de frio, a cerejeira-do-japão se adapta melhor ao clima do Sul e do Sudeste brasileiro. É uma arvore resistente, de crescimento rápido. Porém, é preciso paciência oriental para aguardar a primeira florada, que pode demorar mais de cinco anos se a muda for cultivada desde a semente. Mas quem ja viu esta espécie em flor sabe que vale a pena esperar.
Texto da Enciclopédia Natureza de Plantas ornamentais - Volume 2
